O shuffle sempre sabe

Ok, produzi ontem, como definiu a @followlori o #freemake. Tranquilo. Daí fui ouvir música no shuffle, e você sabe que tem um mago do shuffle, né? Pai shuffle. Daí ele bota essa música pra mim:

Welcome to my colors, you know?

Existe toda uma discusão e a gente já falou disso aqui várias vezes, sobre o feminismo, o novo feminismo, a necessidade de estar bonita, isso tudo. Fora que, quando se fala em maquiagem é difícil sair da futilidade. Ah, mas você anda muito desatualizado pra dizer isso, me desculpa. Ontem foi meu dia 100% sem make, hoje estou de make, o que mudou em mim?

Agora entra o lenço da Zu. Hoje eu acordei com a garganta horrível. Pensamento1: não vou levanter da cama. Vou ficar em casa hoje e foda-se. Pensamento 2. Não, dá pra ir trabalhar, a outra menina não vai hoje, eu preciso ir. Eu tenho 2 opções bem claras, qualquer uma das duas estava valendo, era só EU decidir. Levanto, me olho no espelho e eu tô com maior cara de ontem do mundo. Olheira, nariz vermelho, cara de cansada. Se for pra sair de cara com essa cara, e ir repassando desconforto pra todas as pessoas que eu tiver contato, a opção 1 é a melhor! Mas se eu me dispuser a sair da cama, porque não deixar a cara feia lá tb? Meu dia não vai ser melhor?

Tenho dito que por mim, foda-se, se eu quiser não ter cara bonita eu vou ter cara feia, essa escolha é MINHA. Mas, da mesma forma que eu coloquei meu novo e lindo lenço com álcool, como meu pai me ensinou, a maquiagem aqui também não é um instrumento de melhoria do mundo quando eu melhoro a mim mesma?

Eu fiquei sem make ontem, quem sabe amanhã não fico de novo, essa opção é o feminismo moderno: eu faço o que eu quero. Porque esse conceito tão pré determinado que a intelectualidade não pode colocar os pés na moda e na beleza? E nem a moda e a beleza não podem ser intelectuais. Por mim foda-se, acho que nós estamos passeando por todos esses mundos. E temos todas as opções. Inclusive se maquiar, como hoje. E, avaliando agora, eu não me senti nem um pouco mais inteligente ontem porque eu estava sem maquiagem.

Mulheres modernas sofrem com a dicotomia de discursos, não é fácil se achar aí no meio. Sabe o que eu acho que a gente merece? Se cuidar, e foda-se o resto… nossa já usei essa palavra mil vezes hj hehehee. Mas vamos ligar o foda-se juntas? Já pensei em tudo gente, 15 min um novo post 😉

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A Hora e a Vez do Cabelo Nascer – Os Mutantes

Venha ver as minhas cores

Ah… tá na hora do cabelo nascer

Hateei o meu cabelo

Ah… foi ai só que Fiquei sabendo das coisas

O meu cabelo é verde-amarelo

Violeta e transparente

A minha caspa é de purpurina

Minha barba azul-anil

Venha ver as minhas cores

Ah, tá na hora do cabelo nascer


25 Comentários on “O shuffle sempre sabe”

  1. Bia disse:

    Falando em cabelo nascer…
    Tô com dois tufos loiros arrepiados nos cantos da testa.Parar de pintar o cabelo é foda..todo mundo fala que não tem nada a ver, mas quem explica esse tanto de fio novo que eu estou tendo?

    Concordo plenamente, jú. Feminismo moderno (não só) = eu faço o que eu quero.

  2. juliana. disse:

    Ahazou, Ju!
    Sempre gosto das coisas que passam por aqui. Elas sempre me animam pra alguma coisa que tenho medo. Mas a história é essa…Eu faço o que eu quero!

    • judadalto disse:

      toda trabalhada nos textos da ana maria braga eu to hahahaa
      nada a ver, acho que importante falar e discutir certas coisas.
      volta essa semana toda, to toda filosófica hahahahah

  3. six disse:

    acho tudo válido.
    até pq se gasta alguns minutinhos.
    ninguem precisa “saudar” o carnaval todos os dias. ou sim, tbm vai saber. tem é que ser feliz.
    e “foda-se” rs*

  4. Manoella Mariano disse:

    Desde que acordei um belo dia querendo me sentir melhor nem foi a fim de me produzir. Acho que toda boa sensação começa nas pequenas coisas. Se importar com a limpeza, com seu semblante e principalmente com sua postura. A forma como você fica em pé e anda pra frente muda tudo. A vontade de ficar mais colorida e criar uma novidade em você todos os dias é fundamental, e isso é se produzir de verdade. Tanta coisa “produz” a gente. Família, problemas, trabalho, arte, saudade, vontades… Uma hora é normal que venhamos a colocar tudo isso pra fora. E ‘vamocombiná’ que colocar tudo pra fora é ÓTIMO. Tem dia que acordo querendo lavar o rosto e sair de casa assim mesmo, mas tem dia que quero ter uma sensação diferente e faço coisas por mim. Usar a maquiagem, cabelo e roupa que bem desejar é só a metade da liberdade. Escolher usar ou não usar, sentir vontade independente da necessidade, isso sim é liberdade. =)
    Raw style! Ai Ju, filosofei demás. medo rs =*

  5. paulamaria disse:

    Na maioria das vezes, eu tenho um pouco de preguiça de cuidar de mim. Já me senti em altas crises de beleza com isso. Será que sou relaxada? Será que não sou tão mulherzinha assim? Demorou mas entendi que a minha feminice iria muito mais além de maquiagem/unha feita/ depilação em dia. Vejo que minha postura enquanto mulher, postura afirmadora, que se coloca, que diz o que quer, que sabe onde pisa, e assim vai, é muito mais sedutora que qualquer coisa. E claro, quando bate a onda inspiração de se montar, me jogo. Faço personagens, mudo a cara, o cabelo – tô quase um homenzinho! – a roupa.
    Pra mim, o que vale mesmo é se colocar ali, confortável com o que se é e se usa. Convence mais e deixa quem está perto de você, mais feliz por estar perto de alguém verdadeiro.

    😀

    • judadalto disse:

      Que lindo Paula! Pra se pensar nos vários tipos de feminilidades, cada mulher pode construir o seu. E aceitar e valorizar o seu… Muito lindo mesmo, amei seu depoimento.

  6. fátima carneiro disse:

    Ju, eu já deixei até um tijolo sobre o botão do “foda-se” pra garantir q ele vai ficar “apertado” sempre,kkkk, adorei o post.
    mil bjs

  7. […] This post was mentioned on Twitter by Lorena Regattieri, Laís Hofmann. Laís Hofmann said: RT @cut_club: #freemake? #commake? #freeyorself and welcome to my colors!!! CUT CLUB updated: http://wp.me/prIkR-1JR […]

  8. Lys Freire disse:

    ótimo post, concordo com várias coisas que as meninas citaram aqui. adorei o que a paula escreveu, acho que cada mulher exerce sua feminice de uma forma diferente. de uma não, várias.

    como a fátima, tb tenho um tijolijo pesando no botão. poderia falar mto mais sobre algumas questões, mas eu tô tão “foda-se” que prefiro nem discusar tanto assim, sinceramente.

    o que eu mais gostei foram os seus dois pensamentos. isso ocorre comigo em vários momentos, e costumo ficar frustrada, mas escrevendo assim ficou hilário.
    pra mim qdo a gente sai da cama, é o primeiro momento de decisão de como será o dia. e hj vc tomou a decisão certa. 🙂

    bjin :*

    • judadalto disse:

      É mesmo Lys, nem tinha pensado isso. Bem que poderia ficar na cama, mas pensa no longo prazo né? É pra frente que se anda 🙂

  9. Lys Freire disse:

    ops, tijolinho! rs

  10. Lori disse:

    é isso aí Ju!Hoje,o mais importante é saber porque fazemos algo,porque luta-se por algo e agir como tal. Do que adianta não passar um lindo blush e ganhar 3x menos do que o homem que trabalha na mesma função?Isso ainda acontece,infelizmente.De qq maneira,o importante é fazer o que te faz sentir-se bem.Beijo,vou ali passar um blush.

    • judadalto disse:

      Ahhh mas eu não ganho menos que homem não. Acho que tudo é postura, tudo é acreditar em vc, levantar a cabeça, fazer mais pela sua própria evolução… Tudo começa na auto-estima, mas ela é só o primeiro passo.

  11. Laís Hofmann disse:

    Adorei o post e os comentários.
    Nessa vida de meu Deus, já quis ter o cabelo cacheado, o corpo bronzeado, sarado, coisa e tal. Com a idade, esses desejos mudaram quase que da água pro vinho. Aí entram milhões de explicações como amadurecimento, conhecimento do próprio corpo, descoberta de pontos fortes… mas acho que o que resume tudo isso é a tal felicidade. Em uma conversa com algumas amigas um tempinho atrás, elas me disseram que eu nunca havia estado tão bem, fisica e emocionalmente. E o motivo é a minha tal felicidade. Me amar me fez encontrar alguém que me ama como eu sou, com 300 zilhões de defeitos e algumas qualidades, e me fez enxergar tudo de uma forma diferente. Um amor assim, simples e pleno, faz com a gente deixe de depender desse próprio amor pra ser feliz, sabe como? A segurança que tenho em mim é que me faz querer estar bem por fora e por dentro. Aí tudo funciona e o amor cresce ainda mais. Os quilos a mais desaparecem, a cor original da pele fica linda, o cabelo brilha, a maquiagem fica fácil e ainda mais gostosa de ser usada, o trabalho rende, o cansaço compensa. Desejo que todo mundo encontre um amor assim, dentro de si e fora também.

  12. lilistahr disse:

    Ju, raridade essa música! Amo Mutantes de todo o meu coração e a irreverência deles é super cut. Começou bem pela música. Olha, sou super a favor da liberdade em tudo na vida. Embora seja impossível que todas as nossas escolhas sejam 100% para nós, eu ainda acredito que pelo menos 95% delas tem que ter um pouco de egoísmo mesmo. Eu sempre fui super vaidosa, mulherzinha, e sou muito feliz com isso! Meu sonho é que as pessoas entendessem, sem eu precisar desenhar, que não sou uma cabeça de vento idiota e fútil porque eu gosto de usar uma roupa bonita,andar com a unha sempre bem feita, maquiada. Mas a maioria não entende essa minha felicidade em me ver arrumada para mim mesma, sabe? Eu não posso ler Saramago em cima do salto, tenho que ser intelectual cheia de olheira, descabelada, toda lixinho para alguém acreditar que não sou uma porta. Isso cansa tanto a beleza. Mas cada vez cansa menos, pq minha mãe (a Fátima ai de cima) ja me emprestou esse tijolão desse para o meu botão do foda-se. Quanto à confiança que a Laís falou, essa eu aprendi a ter, acho que hoje tenho na medida certa. Fui vesga minha infância inteira, já usei toda a minha cota de baixa auto-estima da vida. Apesar de ser vaidosa e gostar de me cuidar, eu me permito quando quero, acho importante me libertar uma vez ou outra. E me cobro muito menos do que nos meus 20 anos, quando tive uma acidente no meu olho esquerdo muito sério que quase me deixou cega, e sem olho literalmente. Acho que com todos os acontecimentos e a constatação que algumas coisas não mudarão , aprendi a ter esse equilíbrio balzaquiano. E sou feliz assim, me permitindo a ser vaidosa ou relax quando me cabe.
    Adorei o post!
    Só um ps: realmente não acredito que o feminismo moderno tenha esse lema. Se fosse assim ele nem precisaria de título nenhum, não seria feminismo de nada, cada um faz o que quer e ninguém se entitula de feminista ou machista. Nada me convence que eu preciso brigar pelos meus direitos brigando. Eu luto pelo meu espaço vivendo, sendo o que sou, sem nomes e caixinhas.
    bjs

  13. Geylkson disse:

    quando comecei a ler, achei que a JU estava super boladona, depois ja meio que iniciou uma revolucao do feminismo moderno, HAHAUAHU //eu ri bastante
    escrever eh bom, ajuda refletir um pouco.
    voces nao precisam se maquiar todos os dias para serem bonitas meninas, talvez ajude a levantar o astral/auto-estima, pra poder seguir o dia mais contente. Tentar se preocupar com o que os outros vao achar, tendo aquela “obrigacao” de estar bonita, deve ser algo bem chato,
    liguem o “foda-se” e sejam felizes, olhem pro bem-estar de voces, e nao para como esta a maquinagem, a nao ser que isso as deve felizes, ai sim estarao lindas,
    como a JU disse, tudo comeca com a auto-estima.

    OBS: estou num netbook horrivel, desculpem os erros, falta de acentos e mimimi. 🙂

  14. Renata disse:

    Se eu me olho no espelho com “cara de ontem” eu posso até estar com o foda-se ligado, mas o astral fica oooutro, entende? Uma “boa apresentação” muda o humor, muda nosso dia, certêz!

  15. Fabi disse:

    Coisa linda essa terapia em grupo.

    Vou dormir refletindo, filosofando…

    obrigada à todas!

  16. […] Nada disso quer dizer que vamos deixar de compartilhar amenidades. Quando a gente quiser postar o “Unha da semana”, alguma make comprada, entre outras bobeirinhas que adoramos, postaremos! Ok? Não vou nem começar a tagarelar sobre futilidade, e etc. Compartilho da mesma opinião que a Lili (aqui) e a Ju (aqui). […]


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