Gente que é CUT: Cristiana Guerra

Toda vez que convido alguém a ser a nossa entrevista do mês tenho tido o prazer de conhecer pessoas lindas, ou mais lindas do que a gente já achava que fossem. E esse mês não foi diferente. Há alguns tempo que acompanho um blog muito divertido chamado “Hoje vou assim”, e é um blog que mostra uma moça linda de viver sempre com roupas mega descoladas com que ela vai ao trabalho todos os dias. O nome dessa moça é Cristiana Guerra, e ela é nossa entrevistada CUT deste mês. A Cristiana vive em BH, é supervisora de criação da Agência Lápis Raro, é mãe do Francisco e agora é gente que é CUT!

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GENTE QUE É CUT … E SABE DISSO!!!

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Quem: CRISTIANA GUERRA.

Gosto de fazer: ouvir música / ir ao cinema / tomar cerveja / ficar com meu filho / encontrar um grande amigo.

Para ouvir e animar: Jorge Ben.

Para ouvir e relaxar: Kings of Convenience.

Para ler: Fernando Pessoa.

O que Cris Guerra leva na bolsa: tudo (carteira, dinheiro, documentos, caneta, câmera fotográfica, celular, carregadores, cabos, batom, rímel, escova de dentes, pasta de dentes, fio dental, hidratante para mãos, chaves de casa e do carro).

Com o passar do tempo: aprendo coisas difíceis, mas amadureço sempre.

Pra passar o tempo: nunca tenho tempo de fazer nada, quando vejo o tempo já passou.

Para manter a forma: muito pensamento positivo, pois atualmente estou parada.

Para comer: bacalhau à rosa negra no restaurante Santo Ofício em Tiradentes. Saudade de comer esse prato. Nunca mais voltei lá sem o Gui.

Pra beber: uma Original geladinha.

Amo muito: meu filho, Paris, Chet Baker e o Sean Penn.

Família é: de onde a gente vem e para onde a gente volta.

Lugar que sonha em conhecer: Grécia.

Não fico sem: guardanapo.

O que faria com algumas horas a mais no dia: dormiria, com certeza.

Sonho de consumo: um closet igual ao da Carrie Bradshaw no filme “Sex and the city”

Num dia perfeito eu: acordo tarde, almoço no meu restaurante preferido, saio pra passear com meu filho e namoro à noite, tomando cerveja.

O blog “hoje vou assim” começou como uma brincadeira e hoje tem leitoras em todos os cantos do Brasil. Como funciona isso? Quem faz as fotos? Como isso acontece no seu trabalho? A rotina continua a mesma desde o começo. A diferença é a quantidade de entrevistas que dou, a quantidade de emails na caixa, a quantidade de roupas no armário e de vez em quando um dinheirinho a mais na conta. Quem faz as fotos são alguns (muito) amigos da agência, com vontade, talento, disposição e criatividade.

E as ilustrações da Jana Magalhães. Como aconteceram no blog? Ela fez contato comigo, ofereceu e eu adorei. Sou sortuda! Hoje somos ultraamigas.

Você tinha um outro blog que era tipo um brechó na internet. Ele existe ainda? Não tenho mais tempo pra fazer. Ele existe, mas há anos não tem produtos novos. Eu o mantenho pra indicar endereços de outros brechós.

Você escreveu um livro chamado “Para Francisco”. Conta prá gente um pouco dessa história. Comecei a escrever o blog como um registro. Eu ia escrevendo e guardando virtualmente, aproveitando para dividir com quem quisesse ler. Mas achava que a minha história tinha um aspecto particular demais para que alguém se interessasse por ela. Com o tempo, quando cada vez mais pessoas começaram a ler e se emocionar, imaginei que era o inusitado da história que as tocava. Quantas pessoas você conhece que ficaram viúvas enquanto estavam grávidas?

Mas com o tempo fui percebendo que isso talvez fosse apenas o motivo inicial do interesse pelo blog. Na verdade, eu estava tocando em questões muito universais: o amor, as perdas, a maternidade, a viuvez, as memórias, passado e futuro. Questões que fazem parte da vida de todo mundo. À medida que escrevia, enxergava melhor as coisas. Eu queria falar para o Francisco mas também queria falar comigo mesma. Queria falar sobre o pai dele, sobre mim, sobre o que eu tinha vivido e sobre o que eu sentia. Eu já tinha perdido mãe e pai e sabia que, por uma questão de sobrevivência, as lembranças frescas do Gui iriam me fugir. Achei injusto com o Francisco e comigo que as lembranças se perdessem com o tempo, e o blog se tornou um compromisso diário, constante. Foi ficando cada vez mais importante falar com ele e a publicação do blog era uma forma de ter a disciplina e não parar de escrever. Fui escrevendo o que eu sentia, dia a dia. E as coisas não paravam de vir. Com o tempo, admiti que eu estava escrevendo de verdade. E que a minha escrita tocava as pessoas porque eu estava sabendo escrever. A minha escrita tocou as pessoas, tocou a mim mesma, me ajudou na minha construção. Depois de seis meses escrevendo, os próprios leitores do blog começaram a pedir por um livro. Comecei a conversar com editoras, até que a Saraiva me procurou. Foi uma boa surpresa e o projeto foi desenvolvido com muito carinho. Além de adaptar os melhores textos do blog para o livro, vários outros textos vieram durante o preparo do livro e o processo criativo ficou mais rico. Com um ano de blog, eu estava escrevendo melhor. A trajetória do livro é a minha descoberta da escrita. Para mim, ver esse livro publicado também tem um grande significado, como um ciclo encerrado. ((interessou?))

Qual a melhor coisa de ter um blog como o seu? Poder falar com muita gente ao mesmo tempo. Ter a minha voz ampliada. Mas essa é a melhor e a pior coisa. Qualquer coisa que mostro ou digo ou faço tem um peso muito maior.

Beleza pra você é: saber ser a gente mesmo.

Segredinho de beleza contado só pra CUT: um copo d’água em jejum / tomar pouco sol.

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Quer conhecer mais? Então digita aí: http://hojevouassim.blogspot.com/ e http://www.lapisraro.com.br/

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GENTE QUE É CUT, MAS AINDA NÃO SABE!!!

Cantora, Compositora, multi-instrumentista e Atriz. Nossa personalidade CUT desse mês se chama CINDY LAUPER, e foi ícone nos anos 80. Dona de uma voz deliciosa, seu single mais vendido foi “Girls Just Want To Have Fun”, e vendeu cerca de 4 milhões de cópias. Foi a primeira mulher no mundo a ter 05 singles de um mesmo álbum na Billboard, a parada musical mais importante do mundo.

Na década de 80 CINDY LAUPER foi considerada a maior Pop-Star do mundo, e extremamente rebelde. Se fizesse o sucesso bombástico que fez naquele período Cindy certamente viveria nos salões de CUT se arrumando, já que sua constante mudança de visual era sua marca registrada. Cabelos e make coloridérrimos, junto com uma pitadinha de rebeldia?…ahhhh, ela é CUT sim!

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Então chegamos ao fim da coluna deste mês, sempre agradecendo a Juliana pelo espaço, cada vez mais colorido de CUT.

Obrigada a Cris Guerra, pela entrevista (ela é uma graça gente!), e espero que todos tenham curtido mais uma vez! Ahhh, como a CINDY LAUPER é da década de 80, aos que não a conhecem recomendo mega que baixem algumas músicas dela AGORA, e corram prá pixxxxta, porque é tudo de bom!

Beijos e até a próxima!